Eu escrevo tanta coisa
Que nem penso em parar
Num papel ou numa loisa
Me faço comunicar
Faço rima e soneto
E pra não ficar obsoleto
Um dia eu vou publicar
Quase tudo que escrevo
Da cabeça é só brotar
Penso em fazer um livro
Para assim me eternizar
Faço então da minha rima
A minha grande obra-prima
Um dia eu vou publicar
Escrevo o que sinto
Até pra desabafar
Quase sempre nunca minto
Para assim me revelar
Falo do que me emputece
E pra quem não me conhece
Um dia eu vou publicar
Falo também de amores
Que eu quero recordar
Mesmo que não mereçam
Eu preciso registrar
Pois foi com muito amor
E mesmo com essa dor
Um dia eu vou publicar
As histórias que eu vivo
As que posso imaginar
Mesmo sendo inexpressivo
Escrevo para arquivar
Ponho tudo no papel
E até o meu cordel
Um dia eu vou publicar
De tristeza à maldade
E o que mais me demandar
Da saúde ao infortúnio
Me proponho a espalhar
Pois eu quero é ser lido
Mesmo não sendo pedido
Um dia eu vou publicar…
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